Biodiversidade figueirense: Xanthoria parietina

por Carolina Campos

Possivelmente a espécie mais comum mas mais ignorada do concelho da Figueira, e no entanto adequa-se-lhe perfeitamente. É um líquen característico de costas marítimas, mas também pode ocorrer em troncos de árvore (dos parques, das serras), ou mais raramente em pedras, especialmente se tiverem o enriquecimento em nutrientes de fezes de aves, o que explica a ocorrência bastante frequente em pedras por estes lados. É normalmente laranja mas em zonas de sombra pode tornar-se esverdeado, e quanto mais sol apanha mais espesso é – os líquenes são uma junção de fungos com algas, e esta variação de espessura é a parte fungo a proteger a parte alga dos danos da luz mais intensa. É um organismo modelo – uma espécie seleccionada como representativa para estudos científicos – e é usado para monitorização da qualidade do ar por ser particularmente tolerante à poluição.

Fotografia tirada por Carolina Campos em São Julião.