Biodiversidade figueirense: Caracoleta-rosa (Rumina decollata)

texto e foto por Carolina Campos

Também chamado caracol-de-topo-cortado pela característica que mais obviamente o identifica, a ponta truncada da concha resultado dos próprios caracóis a partirem ao tornarem-se adultos. É omnívoro: alimenta-se de plantas, mudas de insectos, lesmas e outros caracóis, pode inclusive recorrer ao canibalismo. Passa muito tempo enterrado no solo ou debaixo de folhas em decomposição, é mais fácil vê-lo de noite ou com tempo chuvoso. Esta espécie é nativa da região oeste do Mediterrâneo mas já existe em quase todo o mundo, nalguns sítios como espécie invasora – por exemplo nos Estados Unidos, onde foi introduzida para controlo biológico de outra espécie de caracol. Conchas encontradas em ruínas gregas e romanas e de mesquitas sugerem que foi introduzida no Médio Oriente como resultado de trocas comerciais ou outras viagens na Antiguidade, um exemplo da intersecção entre o estudo da história e o da ecologia, e da influência da história da Humanidade na distribuição das espécies.