
Chuva Vasco. Metade artista, metade homem de ferro, 100% fora da caixa.
Com um nome que já parece uma instalação artística, Chuva Vasco nasceu para cruzar mundos improváveis: É doutorado em estudos de arte, especialista em artes, e licenciado em pintura, lecciona arte no ensino superior, o que significa que passa boa parte dos dias a dizer frases como “mas afinal o que é arte?”, e a fingir que gosta de PowerPoint. Fora da sala de aula, investiga no ID+ (Instituto de Investigação em Design, Media e Cultura), onde mergulha em temas como cinema, memória, comunicação e outros conceitos que ninguém discute num churrasco — mas que deviam.
Tem dois livros publicados sobre arte, ambos com títulos longos o suficiente para servirem de senha de Wi-Fi de 128 bits:
• Comunicação na arte – o eterno sofisma (2015)
• Relatividade Comunicacional da Obra de Arte – O espaço geográfico (2019)
Como artista plástico, expõe desde 1997, em Portugal e no estrangeiro, e às vezes ganha prémios, outras vezes ganha bolachas de água e sal no catering.
Praticou remo (sabe remar em linha reta, um feito subvalorizado), e agora é triatleta. Já foi várias vezes Ironman, o que é como ser o Super-Homem, mas com menos voos e mais bolhas nos pés.
Hedonista convicto, epicuriano assumido, e viajante apaixonado, gosta do sol, da melancolia poética da chuva no pensamento, de flores, de cinema — sobretudo se forem filmes de 3 horas, sobre silêncios existenciais na tundra, com uma banda sonora que envolva violoncelos tristes, além disso, tem um fascínio muito próprio por cemitérios, “lugares onde o silêncio tem arte”, diz ele.
No fundo, emociona-se com a luz a bater numa parede branca às quatro da tarde, e vive como pinta: com um pouco de cor, um pouco de caos e muito gosto em estar vivo.